sábado, 26 de setembro de 2009

TEMPOS ATUAIS, DE CAVERNAS SÃO!

Na quarta-feira, dia 23, estava chegando do meu trabalho (já beirava às 22 horas) quando percebi que no caminho da minha casa tinha um movimento diferente. Por um instante pensei que tinha acontecido um acidente automobilístico, mas não dava para identificar.

Em sociologia debatemos o conceito de multidão e, claramente, aquele era o exemplo nu e cru, deste termo. Diversas pessoas envolvidas por um objetivo comum, assistir um espetáculo.

Como não sou diferente de ninguém que estava ali, parei a moto, não desci, e o primeiro indivíduo que encontrei (nunca o tinha visto antes), não exitei, lhe perguntei se o indivíduo que estava debaixo de uma bicicleta, com braços estendidos para fora do plástico preto que lhe cobria a cabeça e o tronco, tinha sido atropelado. Para a minha surpresa, era um presidiário que estava em condicional, indo dormir na cadeia. Mas foi um acidente? Que nada, assassinato mesmo! Alguns tiros e mais um pessoa morta em Itaperuna!

Olhei aquele corpo por uns 10 segundos e lembrei que estava cansado e com fome. Fui para casa jantar.

Parece insensibilidade, mas estou virando algo que não gosto.

Meu exemplo é parecido com tantos outros que ocorrem todos os dias. Retrocedemos aos tempos de caverna, onde selvagens conviviam com a morte numa naturalidade sem tamanha.

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