sexta-feira, 29 de outubro de 2010

MEMÓRIAS

Por volta dos 13 ou 14 anos, ia e vinha da escola cantarolando canções que eu mesmo criava, na hora, alí mesmo, sobre uma bicicleta monark 1992 branca e vermelha. Pensava sobre tudo, imaginava como seria meu futuro, como os anos 2000 mudaria minha vida, desejava luz elétrica em minha casa. Lembro-me da minha mãe vindo ao meu encontro para empurrar a bicicleta no restante do caminho de casa. Assim foi até os meus 17 e 18 anos.
Depois tivemos a tão deseja luz para ver televisão, foi uma festa poder ficar até tarde assistindo filmes e outros programas. Nos mudamos, fui para faculdade, comecei a trabalhar, me formei e voltei para uma nova faculdade, fiz pós e me formei denovo. Tudo com muita luta, mas com alegria, com esperança e sempre visualizando o objetivo daquilo tudo. Vejo que nada foi em vão.
Uma coisa me chama atenção: nunca parei de cantarolar canções que invento na hora, seja por dor ou por amor, sempre me imagino um rockstar e vivo, sinto que estou vivo.

sábado, 9 de outubro de 2010

ELEIÇÕES 2010

Tem um bom tempo que não sento em frente ao computador para escrever algum texto, muito menos um post neste blog. Sinto falta, mas o tempo é curto.
Pois bem, tentarei voltar a escrever.
Nestes dias eleitorais, vi coisas interessantes: o texto muito bem interpretado por seu criador, Danilo Gentili, falando sobre os presidenciáveis em Brasília; ouvi líderes religiosos condenando o PT; fui presidente de seção e vi bêbados e analfabetos votando; vimos um país se mobilizando em torno de uma canditada, Marina Silva, e seu expressivo número de votos. O Brasil está passando por uma fase onde o mundo está de olho, observando todos os detalhes e ações políticas do governo e nós, muitos de nós, votamos por votar e ainda reclamamos por enfrentar uma fila desdenhando a seriedade da atitude do voto.
Posso estar sendo otimista quando falo da importância do voto em tempos de completa desordem moral e social do nosso país, mas como tenho a consciência de que o sistema eleitoral democrático ainda é uma arma, sinto no dever de associar o indivíduo a sua ação e não simplesmente, o ato de ir às urnas e eleger um candidato que lhe pareça viável apenas por prometer a continuidade da bolsa família, do prouni e outras facetas populistas.
Em um país de idiotas, falar de política muitas vezes se iguala ao ato de jogar pérolas aos porcos.
Preciso respirar um pouco.